Ronaldo Angelim – quem foi o zagueiro que marcou a história do Palmeiras?

Se você curte futebol brasileiro, com certeza já ouviu falar de Ronaldo Angelim. Nascido em 1975, na cidade de Garanhuns, Pernambuco, ele cresceu jogando em ruas e quadras improvisadas. O talento apareceu cedo, mas o caminho até os grandes estádios foi cheio de esforço e sacrifício.

Do Nordeste ao futebol nacional

Angelim começou sua vida profissional em clubes modestos do Nordeste, como o Náutico e o Ceará. Foi lá que ele aprendeu a ser forte na defesa e a jogar de forma disciplinada. Em 2003, o zagueiro chegou ao São Caetano, onde chamou a atenção de olheiros de clubes de maior expressão. Seu jeito de marcar, sempre firme e sem frescura, impressionou tanto que o Palmeiras decidiu contratá-lo em 2005.

No Verdão, Ronaldo Angelim virou quase que uma lenda. Ele ajudou a equipe a conquistar a Série B em 2003 (já no São Caetano) e, mais importante, participou da campanha que garantiu o título da Copa do Brasil em 1998 – embora ainda fosse reserva, sua presença no grupo fez diferença.

Conquistas, estilo de jogo e curiosidades

O ponto alto da carreira de Angelim foi a vitória do Campeonato Brasileiro de 2016 com o Palmeiras. Mesmo com 40 anos, ele ainda jogava em alto nível, mostrando que experiência e preparação física podem compensar a idade. Seu estilo era direto: cabeceios precisos, desarmes limpos e uma postura que deixava atacantes desconfortáveis.

Além das partidas, Angelim ficou famoso por sua frase “É a vida, né?” que usava quando algo inesperado acontecia em campo. Essa frase virou meme entre os torcedores e ainda hoje pode ser ouvida nos estádios quando o time tem um golpe de sorte.

Depois de pendurar as chuteiras, ele seguiu ligado ao futebol, participando de projetos sociais no Nordeste e dando entrevistas que sempre trazem lições de disciplina e trabalho em equipe.

Se quiser relembrar alguns momentos, vale assistir aos jogos de 2009 contra o Santos, onde Angelim fez um gol de cabeça que garantiu a vitória. Também tem o clássico contra o Corinthians de 2012, onde sua marcação impediu o atacante Beto de marcar.

Para quem acompanha o Palmeiras, Ronaldo Angelim representa mais que um jogador: ele simboliza a garra de um atleta que veio de origem humilde e fez história nos maiores palcos. Sua trajetória mostra que, com dedicação, é possível chegar longe, mesmo começando nas ruas de Garanhuns.

Hoje, ao visitar a Memória do Palmeiras ou conversar com veteranos, o nome Angelim ainda desperta respeito. Ele deixou lições valiosas para novos jogadores: trabalhe duro, mantenha a cabeça no lugar e nunca subestime a força de um bom cabeceio.

Então, da próxima vez que ouvir “É a vida, né?” nos estádios, lembre-se: é a história de Ronaldo Angelim, o cara que mostrou que o futebol pode mudar vidas e que a paixão pelo esporte nunca envelhece.