Vale Tudo: o inesperado giro de Freitas rumo a uma pousada no Nordeste
Nas próximas temporadas de Vale Tudo, a trama ganha novos contornos quando Freitas, interpretado por Luis Lobianco, deixa de ser simples braço direito de Marco Aurélio para se tornar o arquiteto de um audacioso golpe financeiro. O ponto de partida foi a negativa do patrão a um empréstimo que Freitas precisava para comprar uma casa para a mãe. Essa rejeição despertou a fissura entre os dois, lançando Freitas num caminho de rebelião contra a excessiva cultura de impunidade que permeia a TCA.
O esquema de desvio e os novos parceiros
Ao descobrir a extensão das fraudes de Marco Aurélio, Freitas decide fechar um acordo de delação com Odete Roitman (Debora Bloch). Mas a parceria mais decisiva surge quando ele conhece Mário Sérgio (Thomas Aquino), um hacker brilhante que também tem contas a acertar com o magnata. Juntos, eles levantam o véu sobre um fundo de R$ 10 milhões destinado a um projeto cultural da TCA. Com acesso às trilhas bancárias, Freitas cria contas de fachada em nome de Eugênio (Luis Salem), seu futuro sócio, e transfere parte dos recursos.
A divisão dos recursos segue um cálculo frio: um terço do montante fica no bolso de Freitas, enquanto metade da sua parte é partilhada com Mário Sérgio, que garante a manutenção da brecha tecnológica que protege a operação. O restante dos R$ 10 milhões desaparece nos cofres de Eugênio, que será a face pública da nova empreitada.
Sonhos de tranquilidade no Nordeste
Com a conta recheada, Freitas começa a idealizar uma vida distante da pressão do Rio de Janeiro. A proposta é abrir uma pousada charmosa em algum ponto ainda pouco explorado do Nordeste, longe dos olhares vigilantes que poderiam ligar seu nome à TCA. A escolha da região não é aleatória: o Nordeste oferece custo de vida mais baixo, atrativos turísticos naturais e um público que valoriza o conforto simples, exatamente o que Freitas quer oferecer.
Eugênio, agora parceiro de negócios, assume a gestão da pousada, enquanto Freitas planeja ser o investidor silencioso. A intenção é manter o passado sob sigilo total, usando a própria estratégia de desvio que aprendeu de Marco Aurélio. Para fechar o caso, o assistente ainda precisa garantir a demissão oficial de seu antigo chefe. Sem o nome de Marco Aurélio na empresa, qualquer investigação futura perde o elo que poderia revelar o esquema.
O plano, embora arriscado, parece bem embasado. Freitas conta com a expertise do hacker para apagar rastros digitais, com a fachada de Eugênio para legitimar os investimentos e com a própria disposição de abandonar o Rio em busca de um recomeço. Cada passo é meticulosamente calculado, refletindo a metamorfose de um homem que, antes submisso, decide usar as ferramentas corrompidas do patrão contra ele próprio, transformando a ambição pessoal em uma fuga estratégica.
Marcos Suela martins
setembro 29, 2025 AT 05:17Freitas achou que ia fugir do inferno e só construiu outro. Essa pousada é só uma fachada mais bonita. Ele não mudou, só trocou o tipo de corrupção. O dinheiro sujo ainda é sujo, e o Nordeste não merece ser o esconderijo de quem se acha esperto. A vida não se reinventa com fraude, se reinventa com culpa e redenção - e ele não tem nem uma nem outra.
Flávia Pellegrino
setembro 30, 2025 AT 15:54Se ele tivesse pedido um empréstimo honesto, ninguém ia negar. Mas ele queria o dinheiro e o poder ao mesmo tempo. Agora tá fingindo que é herói porque roubou com mais estilo. Tá tudo errado, mas pelo menos o roteiro tá bonitinho. Pousada no Nordeste? Claro, vai ser um Airbnb de luxo com nome de família fictícia e um cartão de crédito fantasma no fundo.
Moisés Lima
setembro 30, 2025 AT 18:17Isso aqui é um golpe orquestrado pela própria TCA para limpar o nome de Marco Aurélio e criar um novo vilão que ninguém vai achar suspeito. O hacker? Provavelmente é um agente da polícia econômica infiltrado. A pousada? Um centro de lavagem disfarçado de turismo comunitário. E Eugênio? Nem existe. É um perfil criado por IA para legitimar transações. Tudo isso foi planejado desde o primeiro episódio para desviar o foco da verdadeira rede de corrupção: os políticos que financiam a TCA. O dinheiro não foi roubado - foi redistribuído para um fundo secreto ligado ao Banco Central. E sim, eu vi o código no final do episódio 7. O logotipo da pousada tem um QR code que aponta para um servidor na Islândia. Isso não é ficção. É documentário disfarçado de novela.
Veridiana Farias
outubro 2, 2025 AT 13:29Que história linda, mesmo sendo toda suja. Freitas querendo uma pousada no Nordeste… isso me fez lembrar da minha avó em Maragogi, onde o mar era azul e o tempo era lento. Ele não quer ser rico, quer ser invisível. E talvez seja isso que mais dói nessa trama: ele não está fugindo da justiça, está fugindo de si mesmo. O Nordeste não é só lugar, é metáfora. É o lugar onde o sol não te julga, só te aquece. Ele quer um chão de areia, não um chão de dinheiro. E mesmo que o dinheiro seja sujo, o sonho dele é puro. É triste, é bonito, é humano. E é por isso que a gente torce por ele - mesmo sabendo que ele não merece.
Luciano Ammirata
outubro 4, 2025 AT 06:08Essa transformação de Freitas é um exemplo clássico de inversão dialética: o oprimido se torna opressor, mas com consciência moral - o que o torna mais perigoso. Ele não se rebela contra o sistema, ele o internaliza e o aperfeiçoa. O que ele faz não é crime, é epistemologia do poder. Ele não rouba, ele reconfigura a estrutura de valor. O dinheiro da TCA era um símbolo de alienação, e ele o transforma em um instrumento de autossuficiência. A pousada não é um refúgio, é um novo modo de produção. Ele não quer ser livre, quer ser soberano. E isso é mais assustador do que qualquer corrupção, porque ele não nega a corrupção - ele a transcende. É Nietzsche com um cartão de crédito. É o Nietzsche do sertão. E aí, quem é o vilão? O que rouba? Ou o que rouba e ainda acredita que está moralmente acima disso?