Palmeiras vira o jogo e abre vantagem esmagadora sobre River Plate na Libertadores

Palmeiras chega em campo com a formação mais forte

Na quarta-feira, 25 de setembro de 2025, o Allianz Parque virou palco de um dos duelos mais esperados da fase de mata-mata da Palmeiras. Abel Ferreira não bateu o peito: montou um 4-2-3-1 que deixava o técnico confiante. Entre os titulares estavam Weverton no gol, a linha de defesa composta por Khellven, Gustavo Gómez, Murilo Cerqueira e Joaquín Piquerez, e o duo de volantes Lucas Evangelista e Aníbal Moreno, responsáveis tanto por fechar espaços quanto por iniciar as jogadas ofensivas.

Na frente, o trio criativo – Andreas Pereira, José López e Felipe Anderson – ficou à frente do centroavante Vítor Roque. O esquema foi pensado para equilibrar a solidez defensiva com a rapidez nos contra-ataques, aspecto que já havia rendido bons resultados nas partidas de ida.

Como o jogo se desenrolou: da pressão argentina à virada nos acréscimos

O River Plate, comandado por Marcelo Gallardo, não perdeu tempo e abriu o placar aos 8 minutos com Maximiliano Salas. O gol, vindo de um cruzamento bem trabalhado, deixou o público atento e o Palmeiras pressionado.

O primeiro tempo terminou com o River na frente, mas o Verdão demonstrou paciência. No segundo tempo, Vítor Roque aproveitou um lançamento longo de Aníbal Moreno e marcou aos 51 minutos, trazendo o empate. A partir daí, a partida virou um teste de resistência mental.

Os minutos finais foram de tirar o fôlego. Nos acréscimos, José López, que mais tarde levaria a homenagem de "Jogador da Partida", converteu dois pênaltis sequenciais – o primeiro no 90+1 e o segundo no 90+4 – garantindo o 3 a 1 definitivo. A dupla de cobranças não só selou a vitória, como também selou uma vantagem de 5 a 2 no placar agregado.

Os desfalques também tiveram seu peso. O Palmeiras jogou sem Figueiredo e Paulinho, ainda recuperando lesões, enquanto o River perdeu Agustín Ruberto, Germán Pezzella, Gonzalo Martínez e Sebastián Driussi. Mesmo com menos opções, ambos os treinadores fizeram substituições estratégicas.

• Palmeiras entrou com Raphael Veiga, Allan e Facundo Torres nos minutos finais para manter a pressão.
• River, por sua vez, recuou com reforços no meio-campo buscando segurar o resultado, mas acabou cedendo os pênaltis.

Além dos gols, a partida trouxe detalhes táticos que merecem destaque. Abel Ferreira mandou o volante Lucas Evangelista avançar nas laterais, criando sobrecarga nos flancos, enquanto Aníbal Moreno recuava para fechar espaços contra as investidas de Montiel e Acuña. O posicionamento de Gustavo Gómez como líbero foi crucial para cortar as jogadas aéreas do River, que costuma ser forte nas bolas paradas.

Para o River Plate, a mudança de Marcelo Gallardo para um 3-4-2-1, com Franco Armani no gol, mostrou a intenção de dominar o meio-campo. Contudo, a falta de um volante defensivo experiente deixou brechas que o Palmeiras aproveitou.

Com a vitória, o Palmeiras avança para as semifinais da Libertadores com moral lá em cima. A próxima partida será o retorno ao Estádio Monumental, onde Marcelo Gallardo tem a chance de reagir. Enquanto isso, a diretoria do Verdão já pensa em reforçar o elenco para a fase decisiva, aproveitando a janela de transferências ainda aberta.

Os torcedores já celebram, mas também sabem que a competição ainda é longa. A próxima partida pode trazer novos desafios táticos, lesões inesperadas e, claro, a pressão de quem já carregou o peso de um resultado tão confortável. O que fica claro é que a escolha de Abel Ferreira por escalar seu time ao máximo deu frutos, e o Verdão demonstra estar pronto para correr atrás do título continental.