Petição de 65 mil fãs pede retirada do cinturão de Jon Jones no UFC
Quando Jon Jones, campeão dos pesos‑pesados do UFC viu seu reinado ser colocado em xeque, a comunidade do MMA não demorou a reagir.
Uma petição online, lançada na última semana de maio de 2025, já ultrapassou a marca de 65 mil assinaturas. O texto, direto ao ponto, exige que Dana White, presidente do UFC retire o cinturão linear dos pesos‑pesados de Jones, alegando sua inatividade crônica.
Contexto histórico da divisão peso‑pesado
Para entender por que o climão chegou a esse ponto, é preciso lembrar como Jones chegou ao topo. Em , ele derrotou Ciryl Gane no evento UFC 285Las Vegas, Nevada, conquistando o cinturão dos pesos‑pesados.
Desde então, o reinado de Jones tem sido caracterizado por longas lacunas entre lutas. Ele defendeu o título apenas uma vez – contra Stipe Miocic no UFC 309Miami, Flórida – antes de desaparecer das competições.
Como a petição ganhou força
O documento foi criado por um fã anônimo, mas rapidamente se espalhou nas redes sociais, impulsionado por grupos no Reddit, Twitter e Instagram. Os números contam a história:
- 20 000 assinaturas em ;
- 43 000 assinaturas em ;
- Mais de 50 000 ao ;
- 65 000+ no .
O texto da petição ressalta que "Jon Jones possui agora o maior reinado da história do peso‑pesado do UFC, e só lutou duas vezes neste período". Em contrapartida, destaca que "Tom Aspinall, atual campeão interino, já defendeu seu cinturão e está pronto para a unificação".
Reações dos protagonistas
Tom Aspinall, 29, britânico, tem sido o rosto da paciência. Em entrevista ao BBC Sport em , disse: "Quero lutar, quero unificar, mas o UFC tem que decidir. Se a comunidade pede, eu respeito".
Já Dana White ainda não se pronunciou oficialmente. Em um breve comentário no Instagram Stories em , afirmou que "todas as decisões são tomadas pensando no futuro do esporte", mas não abordou a petição.
Jon Jones, por sua vez, tem evitado discussões públicas. Em declaração curta ao MMA Fighting em , seu representante disse que "Jones está avaliando opções, mas não há data marcada para a unificação".
Impactos na divisão e no negócio
Para o UFC, o impasse pode ter repercussões financeiras. O peso‑pesado sempre foi a principal atração de pay‑per‑view; sem uma luta unificadora, estimativas da Sports Business Journal apontam para uma queda de até 12 % nas vendas de eventos futuros.
Além disso, a pressão dos fãs cria um precedente. Se a organização ceder e retirar o cinturão, pode abrir caminho para que outras comunidades mobilizem petições contra decisões consideradas injustas – pense no caso da petição que quase levou à mudança de regras de peso‑corte em 2023.
O que vem a seguir?
Analistas do ESPN MMA sugerem três cenários: (1) White decide retirar o cinturão e reconhecer Aspinall como campeão unificado; (2) Jones aceita a luta e resolve o impasse em 2026; (3) O UFC cria uma nova estrutura de título, talvez com um torneio envolvendo os quatro principais contendentes.
Enquanto isso, os fãs continuam a assinar e a compartilhar o link da petição. Cada assinatura representa não só um número, mas um grito coletivo por ação.
Como a história do peso‑pesado se compara a outras divisões
Não é incomum ver disputas de título demorarem. Em 2018, a divisão dos médios ficou duas temporadas sem unificação, mas a presença constante de lutas atrativas manteve a atenção. O peso‑pesado, porém, tem um legado de lutas épicas que definem a era – de Randy Couture a Brock Lesnar – então a inatividade de Jones pesa ainda mais.
Se a petição alcançar seu objetivo, poderá ser lembrada como "o momento em que a voz dos fãs mudou a história do UFC".
Perguntas Frequentes
Quantas vezes Jon Jones defendeu o cinturão desde que o conquistou?
Ele defendeu o título apenas uma vez, ao vencer Stipe Miocic no UFC 309 em novembro de 2024. Todas as outras semanas foram marcadas por ausências ou negociações não concluídas.
Por que Tom Aspinall é considerado o campeão interino legítimo?
Aspirinall conquistou o cinturão interino em dezembro de 2024 e já o defendeu com sucesso contra dois contendentes, demonstrando frequência de luta que contrasta com o calendário de Jones.
Qual o risco para o UFC se o cinturão não for unificado?
Especialistas temem queda nas vendas de pay‑per‑view e perda de credibilidade junto aos fãs, que já demonstram vontade de mobilizar pressão pública por meio de petições.
Dana White já decidiu algum caminho a seguir?
Até o momento, White apenas afirmou que todas as decisões são tomadas pensando no futuro do esporte, sem comentar especificamente sobre a retirada do cinturão.
O que a petição pode mudar no cenário dos esportes de combate?
Se o UFC ceder à demanda, isso abrirá precedentes para que comunidades de fãs influenciem decisões de organizações esportivas, reforçando a importância da opinião pública em processos de governança.
Júlio Leão
outubro 6, 2025 AT 01:07É como se a sombra da indiferença pairasse sobre a história do UFC, e nós, meros mortais, assistimos ao espetáculo de um campeão que parece ter esquecido o que é lutar.
vania sufi
outubro 9, 2025 AT 12:27Galera, acho que a gente tem que lembrar que o esporte vive da competição saudável, então deixar o cinturão nas mãos de quem realmente luta faz sentido.
Ariadne Pereira Alves
outubro 12, 2025 AT 23:47Observando os números, vemos que Jon Jones participou de apenas duas defesas desde 2023; por outro lado, Tom Aspinall já tem duas defesas bem‑sucedidas, e isso indica um desequilíbrio significativo, que a comunidade não pode ignorar.
Carolina Carvalho
outubro 16, 2025 AT 11:07Eu venho acompanhando o cenário dos pesos‑pesados há anos e, sinceramente, essa situação me parece um roteiro de novela que se arrasta sem propósito. Primeiro, Jon Jones conquistou o cinturão de forma impressionante, mas logo depois adotou um ritmo de luta que beira o inexistente. Enquanto isso, Tom Aspinall tem mantido a atividade, defendendo o título interino e mostrando disposição para enfrentar qualquer adversário. O público paga caro para ver lutas épicas, não para assistir a longos períodos de silêncio. A petição de 65 mil assinaturas demonstra que os fãs já não suportam mais essa inércia. Além disso, a falta de uma luta de unificação pode gerar perdas financeiras consideráveis para o UFC, conforme apontam análises de mercado. Não é só questão de orgulho nacional, mas de sustentabilidade do esporte. Se a organização continuar ignorando a pressão popular, corre o risco de alienar uma base de fãs já fragilizada. Também devemos considerar o legado dos grandes pesos‑pesados que construíram a reputação da divisão. Cada combate tem potencial de inspirar uma nova geração. Quando esse potencial fica adormecido, o impacto cultural diminui. A comunidade de MMA sempre foi ativa nas redes, organizando campanhas e manifestos. Esta petição tem potencial de se tornar um marco, semelhante àquela que quase mudou as regras de corte de peso em 2023. Também é importante notar que o UFC tem, historicamente, respondido a demandas dos fãs quando há pressão suficiente. Portanto, a retirada do cinturão de um campeão inativo pode ser vista como medida corretiva. No fim das contas, a decisão deve priorizar a competitividade e o interesse do público, que mantém o esporte vivo.
Joseph Deed
outubro 19, 2025 AT 22:27É frustrante ver tanta energia desperdiçada.
Pedro Washington Almeida Junior
outubro 23, 2025 AT 09:47Talvez a gente esteja exagerando; talvez o tempo de Jones seja parte da estratégia para criar expectativa antes de um grande retorno.
robson sampaio
outubro 26, 2025 AT 21:07Mas, na prática, esse “hiato estratégico” parece mais um glitch de schedule que um plano de marketing bem orquestrado, porque o hype só funciona quando tem luta pra sustentar.